Com apoio, a cajucultura poderia gerar até 15 mil postos de trabalho no Piauí

  • 09/09
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O Piauí poderia gerar pelo menos 15 mil postos de trabalho no campo com políticas públicas de apoio à cajucultura, que tem pedido espaço para competidores africanos e asiáticos – que se transformaram nos maiores produtores mundiais da castanha.

O cajucultor Josenilto Lacerda, que produz cajuína nos Tabuleiros Litorâneos, em Parnaíba, diz que o aumento da produtividade das lavouras, que depende de mais acesso a tecnologia e a crédito, associado ao processamento integral do fruto pode resultar em mais renda para o produtor e geração de emprego nas regiões de maior cultivo de caju.


Onde há o aproveitamento integral da castanha e do pedúnculo (o pseudofruto do caju), a renda do produtor e a ocupação de mão de obra são maiores, explica Lacerda, que produz cajuína.

Josenilto Lacerda diz que há um esforço para reunir produtores do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia para a implementação de políticas públicas que impulsionem a produção, ampliando o aproveitamento integral do caju, fundamental para aumentar a ocupação de mão de obra permanente e temporária.


Ele diz que poderia haver um enorme incremento na ocupação de mão de obra com o integral aproveitamento, notadamente do pedúnculo para produção de cajuína, o que requer uma logística especial: o caju tem uma safra concentrada em pouco tempo e isso exige que o processamento se dê de modo rápido e eficiente – com massiva ocupação de mão de obra.


Essa ocupação já se dá em algumas áreas. No Piauí, por exemplo, se processam 30 milhões de litros de suco de caju, quase a totalidade a granel em Picos, Santo Antônio de Lisboa e Pio IX, vendido a indústrias da Paraíba, Sergipe, Bahia e as indústrias de polpa. Já foi maior.


Mas o Estado só processa cerca de 10% da castanha que produz e isso reduz a ocupação de mão de obra, já que para cada dois mil quilos de castanha produzidos, gera-se um posto de trabalho. Isso significa que o aumento das áreas plantadas é essencial para se ocupar mão de obra


Em razão disso, o produtor defende a que se deva aprender com que faz bem. “Os cajucultores de Pio IX, Francisco Santos, Santo Antônio de Lisboa têm uma maior rentabilidade porque estão entre os poucos núcleos de produtores do Nordeste com aproveitamento integral da fruta: produzem caju de mesa, fabricam cajuína, esmagam para a indústria de sucos em grandes volumes e processam a castanha”, diz Josenilto Lacerda


Lacerda explica que os produtores brasileiros recebem 50 centavos de dólar por quilo de castanha, enquanto na África, onde estão 7 dos 10 maiores produtores mundiais, paga-se um dólar por quilo. Ou seja, é preciso que o produtor brasileiro seja mais bem remunerado.

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